ARTIGOS

SALETTE E FÁTIMA

24º Congresso Mariológico Mariano Internacional

Santuário de Fátima / Portugal, 6 a 11 de setembro de 2016

Tema Central: “O Acontecimento Fátima cem anos depois.

História, mensagem e atualidade”

 

“OS 170 ANOS DE LA SALETTE E O CENTENÁRIO DE FÁTIMA. MENSAGENS DE RECONCILIAÇÃO E CONVERSÃO”

 

Padre Atico Fassini, MS

Festa da Assunção – 2016

São Paulo, SP – Brasil

 

É significativo o desejo de se considerar a relação entre Salette e Fátima neste 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional, tempo em que se comemora o 170° aniversário da Aparição em Salette, a 19 de setembro de 1846, e o 1º Centenário das Aparições em Fátima, entre maio e outubro de 1917. Como Missionário Saletino uno-me ao povo português que nutre antiga e filial veneração a Nossa Senhora da Salette. Em OLIVEIRA DE AZEMÉIS, o Santuário, fundado poucos anos após a Aparição na França, é disso testemunho. Tenho a alegria de aqui estar, para essa breve consideração. Agradeço a gentileza de introduzir esse tema no contexto deste Congresso.

 

1. SALETTE e FÁTIMA: aproximações

 

É interessante verificar, logo de início, as semelhanças e as diferenças entre esses dois grandes eventos que marcaram a história das mariofanias e da Igreja nos séculos XIX e XX respectivamente. Ouso afirmar que SALETTE e FÁTIMA são como que “irmãs gêmeas” dentro do universo das Aparições Marianas.

Observo inicialmente uma diferença marcante entre ambas: Salette é um evento único, com sua riqueza teológica, espiritual e pastoral reconciliadora concentrada numa só manifestação. Fátima é evento múltiplo, realizado em sucessivas manifestações, com repetidos apelos à conversão, à oração, à reparação dos pecados e à devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Ambas se inserem em realidades históricas muito concretas, a francesa e a portuguesa, distintas entre si, mas, semelhantemente conflituosas. As duas mariofanias aconteceram em tempos sócio-político-econômicos extremamente difíceis, e em sociedades fragilizadas na dimensão religiosa e cristã.

Em ambas, Nossa Senhora, configurada por uma luz mais brilhante que o sol, sinal da transcendência do evento, retoma o refrão da conversão proclamado pelos Profetas e confirmado por Jesus Cristo: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

Ambas sublinham a necessidade da oração para o verdadeiro processo de conversão. Em Salette, a Mãe de Deus propõe como mínimo indispensável para cada dia, a oração do Pai Nosso e da Ave Maria. Em Fátima, Nossa Senhora insiste na oração do Terço.

Ambas, a seu modo e com distinta intensidade, têm um toque oracular de apressamento da conversão, na ótica da autêntica apocalíptica bíblica. Esse dado serviu de pretexto para que determinadas mentalidades fizessem uma leitura de tipo catastrófico da Mensagem das duas mariofanias, leitura segundo a qual a ira divina se sobrepõe à misericórdia do Pai.

Trata-se de leitura míope, desconectada da verdadeira dimensão da misericórdia do Senhor que, tanto na Mensagem da Salette quanto na de Fátima, se revela de modo extraordinariamente compassivo.

Em Salette, o acento da Mensagem é posto na intra-história, no “já”, onde graves problemas – a fome, a mortalidade e a indiferença religiosa – afligem o povo da região e sinalizam a necessidade de conversão. A palavra inicial revela a preocupação de Mãe solícita pela sorte de seus filhos: “Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. […] Se quero que meu Filho não vos abandone, sou incumbida de suplicá-lo sem cessar” (Mensagem da Salette). É palavra de séria advertência mais do que de severa ameaça. Por ela vem expressa a incessante súplica da Mãe que, confiante na misericórdia do Pai, sempre espera pelo retorno dos filhos. Nessa palavra passa a certeza que Jesus transmite e que está no Coração da Mãe: Deus não quer a morte do pecador, mas, que se converta e viva.

A expressão “braço de meu Filho” remete ao texto de Êxodo 17,12-13. Aarão e Hur mantinham levantados os braços de Moisés para que a vitória de Israel sobre os inimigos se realizasse. Maria, em lágrimas e de mãos estendidas, intercede junto ao Filho para que mantenha levantado seu braço poderoso a favor da salvação do povo.

Para a Sagrada Escritura, o “braço” ou a “mão” de Deus simboliza seu poder sobre a vida e a morte, sobre o bem e o mal. Aponta para a absoluta santidade divina que repele o pecado, sem eliminar a infinita misericórdia do Senhor que acolhe o pecador. Segundo o Êxodo, o braço de Deus liberta o povo oprimido da escravidão e o protege pelos caminhos da terra da promessa. Para os Salmistas e Profetas, é braço que salva, mão de ternura que defende os pequenos e os pobres, as viúvas e os estrangeiros, sempre sujeitos ao peso mortal dos potentados.

Segundo o Novo Testamento, no MAGNIFICAT, Maria exalta o braço divino que derruba os opressores, eleva os humildes e sacia os famintos. E na vida de Jesus, o poder do braço do Pai se revela na delicadeza das mãos do Filho que abençoam os pequenos, socorrem os desvalidos, multiplicam o pão para os famintos e abraçam o pecador arrependido. A obra das mãos do Filho é a obra do braço do Pai. Essa certeza faz parte da espiritualidade que sempre animou Jesus. No término de sua vida, no alto da Cruz, o próprio Jesus se confia ao abraço do Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Foi a derradeira prece do Filho de Deus feito Homem. Desde então, pregados na Cruz, os braços de Jesus permanecem eternamente abertos para o perdão do pecado que O crucifica. A fidelidade de Deus à própria misericórdia não permite que se desprendam da Cruz redentora. O “braço do Filho” da Bela Senhora é braço que salva, mão que perdoa.

Em Fátima, por sua vez, se faz urgente a conversão para o “já”, no aqui e agora. Além disso, na mariofania fatimita está implícita a perspectiva da trans-história. Nos “segredos de Fátima”, além do milagre do sol testemunhado pela multidão, e do prenúncio relativo ao atentado a um eclesiástico, se fazem presentes igualmente os “novíssimos” da escatologia crista na visão apocalíptica do inferno propiciada aos videntes. A visão, em última análise, remete à parábola do Juízo Final e relembra que o tempo que antecede ao julgamento derradeiro é o tempo da paciência de Deus, o tempo de conversão do povo. Deus, então, conjugando santidade, misericórdia e justiça, fará a avaliação definitiva do agir humano na história. A Parábola descarta, pois, a falsa interpretação de um “laissez faire” da parte de Deus.

Tanto em Salette quanto em Fátima o apelo à conversão é premente, mas, impregnado de terna mansidão e de firme esperança pelo retorno do povo pródigo à Casa do Pai. Em ambas vibra a mesma infinita misericórdia que Deus guarda em seu Coração.

Por fim, Salette é incentivo para a espiritualidade da Reconciliação e para a devoção à Mãe da Reconciliação. Fátima insiste, antes, na devoção filial ao Imaculado Coração de Maria e na espiritualidade da Reparação fundamentada na misericórdia do Pai.

 

2. A Aparição da “Bela Senhora” em Salette: características

 

1ª) A “Bela Senhora”, assim denominada pelos videntes Maximino e Melânia que ignoravam sua identidade, manifesta-se perfeitamente inserida na realidade do estreito mundo de La Salette e Corps. Veste-se como uma senhora mãe de família do local. Fala o dialeto do povo a quem se dirige. Comenta, com inteiro conhecimento, a realidade que o envolve. Toca diretamente nos problemas da vida da comunidade.

2ª) Sua Mensagem se caracteriza por duas dimensões evangélicas:

      a) É profética: a Bela Senhora, com jeito materno, aponta para os males físicos, morais e religiosos presentes na vida do povo, e o convoca à conversão à luz da Palavra do Filho Jesus. Denuncia o pecado reinante e anuncia a esperança da salvação. Atualiza a missão profética de todos os tempos bíblicos.

      b) É catequética: a Bela Senhora relembra os elementos básicos da catequese a um povo indiferente, esquecido de Deus e em estado de letargia espiritual: o respeito ao Nome Santo de Deus e ao Dia do Senhor, a participação na Missa, a observância da Quaresma, a Oração, a Penitência.

3ª) Na mariofania da Salette, a Bela Senhora se apresenta como Serva de Deus e de seu Povo. O simbolismo do avental revela que é Mãe serviçal. O simbolismo do diadema sobre sua cabeça, das rosas multicores que a adornam, e da intensa luz que a envolve e configura, revela a nobre beleza de Mãe de Deus, Rainha do Céu e da Terra entronizada na glória da Ressurreição.

4ª) O dado mais extraordinário da Aparição da Salette é, sem dúvida, a cristofania nela implícita. Cristo está no coração desse evento mariofânico. A intensa luz que provém do Cristo Crucificado-Ressuscitado deposto sobre o Coração de Maria, configura toda a Aparição. A presença do Cristo revela o sentido mais profundo do evento. O Senhor Jesus pregado na Cruz, mas, vivo pela vida da Ressurreição, é seu epicentro. A mariofania da Salette é, ao mesmo tempo, cristofania. Paixão e Páscoa ali estão.

5ª) A montanha da Salette é o cenário em que o Cristo Redentor e o povo pecador revivem o drama do Mistério Pascal prolongado na história humana. Pecado e graça, morte e vida se confrontam nesse imenso e sagrado anfiteatro montanhês. No Calvário da Salette, Maria carrega sobre o Coração a Cruz do Filho Jesus, Crucificado e Ressuscitado. O silêncio de Jesus, porém, é absoluto. Suas sete palavras finais já foram pronunciadas. A palavra é ali reservada à Mãe que fala do Filho a seu Povo. As trevas do Calvário, a luz do Tabor e do Sepulcro da Ressurreição se unem em Salette. Luz e Cruz se concentram na Bela Senhora, Mãe da Reconciliação, a Senhora das Dores e Senhora da Glória. A glória de Maria junto ao Pai passa pela cruz do Filho. Por esse caminho anda o Povo de Deus.

6ª) Um dado intrigante na história da Salette é o “segredo”, elemento presente em Fátima também. Os videntes da Salette, Melânia e Maximino, sempre afirmaram que, durante a Aparição, a Bela Senhora lhes deixou, em separado, uma “palavra pessoal”, tida por eles como “segredo”, que, por recomendação, a ninguém podia ser revelada, nem mesmo entre si. O “segredo” foi matéria de especulações, de deturpações e prolongadas controvérsias. O caso, no entanto, extrapola a narrativa original e autêntica do “Fato da Salette”, invariavelmente feita pelos videntes até o fim da vida, razão de muito sofrimento.

3. Reconciliação em tempos de desolação

 

O povo da região de La Salette e Corps carregava o peso de grandes calamidades. Eram tempos de desolação. A fome, consequência da ruína das plantações, levava à morte inúmeras pessoas, e a indiferença religiosa sufocava o resto de esperança na alma do povo.

A visita da Mãe de Deus à população saletina abriu tempos de esperança e transformação de vida. As lágrimas solidárias da Bela Senhora e o apelo materno à conversão tocaram o coração do povo. O retorno à casa do Pai foi imediato e intenso. As Igrejas foram tomadas pelo povo em busca do Sacramento da Reconciliação. Multidões de peregrinos contritos subiam a íngreme Montanha da Salette em atitude de penitência. O sinal de Deus foi logo percebido pela Paróquia local que, sob a guia do Pároco, intuiu a espiritualidade da Reconciliação que brotava do evento. A Confraria de Nossa Senhora da Salette, Reconciliadora dos Pecadores, foi por ele constituída para dar testemunho da graça da conversão e difundir a devoção a Nossa Senhora, Mãe da Reconciliação. A Confraria, depois Arquiconfraria por decreto papal, recebeu as bênçãos do Bispo de Grenoble e alguns privilégios pontifícios. O Pároco de La Salette havia encontrado o fundamento teológico dessa espiritualidade em Santo Anselmo de Cantuária que, numa de suas preces, se refere a Maria como “Mãe da Reconciliação” (cf. Oratio 1.130-138). O binômio conversão/reconciliação caracteriza, pois, a mariofania da Salette.

A imensa riqueza teológica, espiritual e pastoral que jorrava do “Fato da Salette” induziu o Bispo de Grenoble, Dom Philibert de Bruillard, a proclamar a autenticidade da Aparição, a 19 de setembro de 1851, cinco anos após o evento. Em seu “Mandamento Doutrinal”, o Bispo declara que a Aparição “traz em si mesma todos os caracteres da verdade, e que os fiéis têm fundamento para acreditar que é indubitável e certa”.

Na sequência, o Bispo fundou o Santuário na Montanha da Aparição, e a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora da Salette cujo carisma é a Reconciliação. Em 1879, por decreto do Papa Leão XIII, o Santuário recebeu o título de Basílica, a estátua da Bela Senhora, deposta no altar-mor do Santuário, foi solenemente coroada como “Reconciliadora dos Pecadores” e a Congregação recebeu a aprovação do Papa. Os gestos pontifícios realçam a espiritualidade da Reconciliação, difundida hoje pelo mundo afora.

 

4. O Evangelho da Misericórdia segundo Salette e Fátima

 

A visita de Maria a Isabel fez da Mãe de Jesus a primeira Missionária do próprio Filho, o Verbo Encarnado. Ao longo da história da Igreja, Maria exerceu essa missão evangelizadora nas múltiplas visitas a seu povo. Por suas Aparições, a Mãe do Senhor refaz a memória do essencial do Evangelho para os cristãos. Em Salette e Fátima, a Ela coube anunciar o Evangelho da Misericórdia do Pai.

Em Salette, duas crianças pobres e sofridas, expressão da indigência humana do povo a que pertenciam, acolhem a palavra da Bela Senhora. Consternada, lamenta os pecados do povo. O peso do mal é simbolizado nas correntes que carrega sobre seus ombros. Solidária por suas lágrimas, a Mãe da Reconciliação se compadece com os graves sofrimentos de seus filhos. Pede-lhes a conversão e anuncia-lhes a esperança de vida nova. Sua palavra é direta, incisiva, e dura por vezes, mas, não é palavra de incontornável condenação. É, antes, “mensagem de esperança”, como afirma São João Paulo II na Carta ao Bispo de Grenoble, por ocasião do 150º aniversário da Aparição. Ela é a Mãe da Esperança.

A Bela Senhora abre a segunda parte da Mensagem com uma palavra plena de esperançoso desejo: “Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo e as batatinhas serão semeadas pelos roçados…”. A estratégia do desígnio misericordioso do Pai passa pela conversão do povo para chegar à Reconciliação. Em Fátima, a Senhora, através das três inocentes crianças, faz ao povo, com ternura de fundamento da paz e da vida nova num mundo novo.

Em Fátima, a Senhora, através das três inocentes crianças, faz ao povo, com ternura de Mãe, um recorrente pedido de conversão. O povo vivia angustiado, imerso em seus pecados. O mundo em guerra estava envolto nas trevas do ódio e da recusa a Deus. A Senhora pede às crianças que se ofereçam a Deus em ato de reparação e de súplica pela conversão dos pecadores. A paz no mundo e o fim da guerra viriam como fruto da amorosa devoção a seu Imaculado Coração. Fátima traduz o Evangelho da Misericórdia do Pai pela ternura da Mãe.

Salette e Fátima proclamam que o coração humano fechado pelo pecado se torna rochedo impenetrável, deserto infértil. Tocado pela graça de Deus, porém, revive e pode produzir muito fruto. “Se se converterem os rochedos das montanhas se transformarão em montões de trigo…” (Mensagem da Salette). É a profecia do mundo novo segundo Deus.

O Evangelho atribui a Jesus a missão de revelar a misericórdia do Senhor. Em seu Rosto humano se estampa a Face amorosa do Pai: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,9). Em sua bondade Jesus dizia: “Quero misericórdia e não sacrifícios. Porque não vim para chamar os justos, mas, os pecadores” (Mt 9,13). Retomava assim, a palavra do Profeta Ezequiel segundo a qual Deus não se compraz com a morte do pecador, mas, pacientemente espera que se converta e viva (Ez 33,11).

A mensagem de misericórdia de Jesus foi repassada em Salette e Fátima a um mundo intensamente conturbado na época. Os males de ontem, no entanto, se fazem dramaticamente presentes hoje também. A fome, as migrações forçadas, a guerra, o terrorismo, o ódio, o fanatismo, o secularismo, o hedonismo, a indiferença, a corrupção, a injustiça seguem oprimindo a humanidade atual que precisa ser transformada e clama pela misericórdia de Deus. A humanidade anseia por Reconciliação.

Com os olhos abertos para as misérias do mundo e com um coração dilacerado face à situação do mundo atual, o Papa Francisco proclama que, apesar de tudo, a misericórdia de Deus triunfa sobre o julgamento. “A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa” (Misericordiae Vultus, n. 3, n. 15 e n. 21; cf. Tg 2,13). Clama, no entanto, pela conversão: “O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida” (id., n. 19). […] “Para vosso bem, peço-vos que mudeis de vida. Peço-vos isso em nome do Filho de Deus que, embora combatendo o pecado, nunca rejeitou qualquer pecador” (id., ib.).

A misericórdia do Pai transforma a história de pecado em história de salvação, porque o limite da justiça de Deus é sua misericórdia e a medida da misericórdia é a própria santidade divina que interpela o pecador e lhe pede conversão ao condenar seu pecado. O Cardeal Walter Kasper ilustra bem essa questão em “A Misericórdia – Condição fundamental do Evangelho e chave da vida cristã”, capítulos III e IV, 2ª edição, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 2015.

Em seu entranhado amor a Nossa Senhora, o Papa Francisco por fim confessa que “ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito Homem. Na sua vida tudo foi plasmado pela misericórdia feita carne” (Misericordiae Vultus, n. 24). E pede a Maria que “nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus” (id., ib.).

Salette e Fátima continuam sendo para a humanidade de hoje e sempre, um clamor de transformação radical de vida, e proclamação da graça da Reconciliação pela misericórdia do Pai.